terça-feira, 5 de fevereiro de 2013


"Happy Ends,Happy Hour"


-A gente sempre imagina como vai ser nosso futuro né?
Eu adoraria ser escritora,mas sempre que me imagino escritora, surge uma imagem minha entre os tantos "happy ends" onde me imaginei- em um apartamento cheio de incensos e almofadas coloridas,estatuas de elefantes(com a bunda pra porta que é pra dar sorte) alguns posts de filmes clássicos e bandas de rock, um aparelho telefônico engraçado, e um gato, não. Um gato é tão clichê,um pug. E um porteiro chamado zé.Aí você pergunta, 'e o cara?' adoraria ser mais otimista, mas o cara, é um massagista que vem me ver às terças e sextas, ele é lindo, e eu nem preciso de massagista.


-Eu penso muito assim também, e sabe, mandar desenhar uma torre Eiffel na nossa sala com almofadas coloridas, fazer happy hour na sexta com nossos amigos estranhos, ter sempre uma garrafa de vinho guardada, e viver por um tempo sem pensar em grandes conquistas financeiras, só viver nossas vidas de escritoras promissoras
Teremos nossos casos, conhecer um homem que parece ótimo e descobrir que ele é um Mané, machista, idiota e terminar, passar o fim de semana inteiro de pijama intercalando entre uma xícara de chá, um copo de conhaque e algum doce até perceber que somos muito boas pra ficar sofrendo por esse cara e ai vem a parte boa, nossos desencantos serviram de inspirações incríveis:

-É,mas nem sempre é assim não é? pior é quando esse modelo chauvinista mas,insuportavelmente sexy que tá ali fazendo poses no espelho é um ótimo amante.É como ter que parar de comer chocolate, que faz bem,só que demais é sobra(nesse caso o demais é a inteligencia dele que é de menos). E essas inspirações que você citou é que transformam tudo em uma excitante magia quase palpável.e, ah como seria bom se a nossa imaginação se materializasse...

-Mas uma vez entramos no rumo sentimental, afinal tudo acaba por ai mesmo, E quando esse maldito modelo chauvinista, maravilhosamente gostoso nem é tão idiota assim, e ele ainda tem aquele sorriso de canto de boca, aquele puxão pela cintura! Mas não é só sexo, a droga de tudo é que pra gente nunca é só sexo, por mais feminista que a gente seja nunca é, e ai o que fazer quando mesmo sendo tudo ótimo ele ainda é um cafajeste, ele não é “o cara” ? Minha cara o que nos resta é ouvir música ruim, e ri meio chorando, detonando aquela garrafa de vinho deitada na sala entre as almofadas coloridas.

-É, ele pode até ser ''o cara'', mas inevitavelmente voltamos ao nosso dilema, o homem dos meus sonhos lá na minha cozinha, fazendo panquecas, sem camisa sorrindo pra mim com a barba por fazer, e eu sentada aqui tentando terminar um artigo.Impossível! o cara tá assoviando Caetano na cozinha! Fora daqui,onde estavam os nossos conflitos?ah, chegamos a uma fase que amor é mais o companherismo do que o romantismo em si...alias apesar de
estar escrevendo um conto romantico, detesto coisas piegas.


-Caramba, sem camisa fazendo panquecas e assoviando Caetano? Onde a gente tava mesmo? Ah sim o companheirismo, sempre, sempre mais importante do o fato dele ser sexy e cozinhar pra você, ele vai ter aquele defeito que você não vai suportar, não pode admitir, lembra? Poxa eu detesto mesmo ser tão realista (ou pessimista, como preferir) mas é muito mais forte que eu, mas forte que essa ilusão de ser feliz pra sempre, melhor mesmo é viver intensamente independente do tempo.
Mas que dá vontade de dormir agarradinho, de vestir a camisa dele de noite só porque é muito mais confortável, de fazer amor no chão da cozinha por que foi tamanho o desejo que o quarto parecia em outra galáxia, vontade de conversar de madrugada por que ele ta com insônia, de brigar por que Pavê é muito melhor que pudim, Ah! Só a titulo de curiosidade também detesto coisas piegas por mais que não pareça.

-Sabe o que assusta? que apesar disso tudo esse tipo é mais tempestade de verão, e eu acho que eu quero estabilidade(se um dia que quiser algo relacionado ao amor provavelmente será isso). Quero a sopa de legumes da dona joana que trabalhará na minha casa, e sexo comportado na cama, quero apagar o abajur depois do meu marido-eu ainda estou lendo- mas quero amar, como nunca ninguem amou ou foi amado, e ser correspondida *o que é mais dificil.


-Somos péssimas feminista, esses dias mesmo eu tava pensando em comprar um espartilho, ai eu lembrei o quanto as mulheres lutaram pra se ver livre dele, me senti uma traidora. No fundo eu também quero isso, filhos, um marido que não perca seu charme com o passar dos anos, uma casa com um jardinzinho, uns moveis de madeira bem vintage, mas principalmente um amor correspondido.
Engraçado, nosso apartamento cheio de incensos, nossa vida de desobrigações já me parecem tão distante... A gente sempre imagina como vai ser nosso futuro.

-E apesar de que cada passo que damos nos aproxima cada vez mais do futuro, ele sempre chega sem avisar, e quase nunca sai como planejamos...bom espero que pelo menos a gente ainda goste de bossa nova.



~Luna Gabeira e Andressa Rayanna
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2 comentários:

Andressa Rocha disse...

Talento, só isso que eu digo kkkk

Luna Gabeira disse...

nenhuma outra palavra pra descrever kkkkkkkkkkkkkkk

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